A Baleia Azul. Sempre atual.
- Renato Gallego

- 5 de out. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 9 de dez. de 2024
Venho acompanhando, assim como todos, esse furor sobre a tal de Baleia Azul.
Hoje, em mais uma manhã dando aulas para crianças, escuto de um menino de 12 anos: "Meus pais cortaram minha internet, por conta da baleia azul. Tem algumas crianças que estão se matando!".
Baleia Azul. Cigarro. Cocaína. Álcool. Brincar de desmaiar amigos por meio de asfixia. Todos matam.
Criamos nossos filhos para o mundo. Colocá-los em uma bolha não irá protegê-los, principalmente nessa fase difícil que é a adolescência.
Oscilações de humor. Hormônios. Falta de confiança. Cobranças. Mudança de status de "criança" para "você tem que ser o melhor e ganhar muito dinheiro, então decida agora seu futuro". Amigos e "amigos".
Definitivamente, desde sempre, nosso comportamento e atitudes se resume à média das pessoas que mais estão próximas a nós. Basta observar ao seu redor... pessoas cercadas de gente otimista tem uma grande tendência a serem mais positivas, e assim vai...
Voltando à Baleia Azul. Isso se trata apenas do resultado. Jovens se tornarão suscetíveis às várias "baleias azuis" quando se encontram em ambientes de pouca compreensão, amizades que o puxam para baixo e com pais distantes. E erros neste processo irão provocar o seguinte resultado : jovens sem apego familiar e com tendências depressivas.
Não precisamos cortar a internet e apagar mais um incêndio. Precisamos conversar, ouvir, amar. Precisamos equilibrar e subir a "média" do círculo que o atinge, dando mais carinho, compreensão, dialogo, confiança e sobretudo, amor.
Lembrem-se que uma pessoa largada, sozinha, em alto mar, não temerá apenas por uma baleia azul.
Texto escrito por Renato Gallego



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